sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Alma não existe...

... senão na mente de quem a questiona.
Isto é uma frase de que gosto muito. Escrevo-a de novo porque ultimamente tenho-me lembrado muitas vezes dela – a Alma.

Consigo senti-la, não na minha pele mas nas minhas recordações. Tal como o H, também eu… também todos nós temos carregado imensas vezes na tecla RECordações. E… quanto a vocês não sei mas é aí que eu costumo começar de novo a questionar-me… e então a dúvida dissipa-se: penso no meu filho e no que sinto quando ele salta pró meu colo; como antes pensava na minha mulher e no que sinto quando a vejo dormir ao meu lado; como antes disso pensava no meu pai e no que sentia quando o encontrava ao fim do dia, cansado e preocupado com o trabalho.

Quanto a vocês não sei mas eu tenho a certeza mais absoluta do universo de que o tamanho desse Amor tem de nascer na Alma. Na minha, na do meu filho, na da minha mulher, na do meu pai… dos meus irmãos, dos meus amigos.

Se calhar partilhámos todos a mesma Alma… se calhar! Não ficam recorded no vosso coração RECordações especiais? Momentos especiais? Eu acho que ficam gravados aí porque são registados pela Alma. Não são registados pela nossa pele ou pelos nossos olhos, não. O que os nossos ouvidos apenas ouvem, a Alma escuta!

Se calhar… há Alma na voz de Mariza, no poema de Camões, no piano de Keith Jarrett, na máquina fotográfica do Óscar, no humor do H, na alegria do Vital, na sabedoria do Lab… nos alunos do Al. Por isso a Alma é eterna, sempre viveu através nós e viverá para sempre por intermédio do que somos.

Extraordinário!

A receita (do fundo da PT) é extraordinária porque a despesa (dos submarinos) é extraordinária.

As medidas (do orçamento) são extraordinárias porque a crise (financeira) é extraordinária.

As reformas (dos gestores públicos) são acumuláveis e extraordinárias porque os gestores são extraordinários.

Com tantas coisas extraordinárias porque é que eu sinto que isto é tudo uma grande ordinarice?!

Uma coisa não aceito: culpa.

Estou farto de ouvir dizer que “a responsabilidade também é nossa” ou que “todos temos de ajudar” a vencer as diversas crises por que vamos entrando sem nunca sairmos de nenhuma, como matrioskas da fatalidade. E é isso mesmo que, ultimamente me faz sentir essa frase John F. Kennedy. É uma grande frase, dita num contexto muito próprio da vida dos Estados Unidos, mas agora vejo pessoas utilizarem-na com o intuito de repartirem as culpas e as responsabilidades de um sistema que se tornou impotente contra a corrupção, permissivo ao crime e lascivo com a “Res Publica”, e isso é coisa que de todo NÃO ACEITO.

Chumbados!

Em Portugal os diplomas compram-se, os currículos fabricam-se e os cargos oferecem-se aos amigos, e o resultado, quando nos pedem habilitações em vez de títulos académicos e competências em vez de afinidades sociais é este:

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Braco-de-ferro-entre-Portugal-e-Conselho-Europeu.rtp&article=381329&visual=3&layout=10&tm=8


Se calhar deviam era apresentar uma candidatura às novas oportunidades ou ao sistema RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, antes de procurarem empregos no estrangeiro!